domingo, 11 de dezembro de 2011

Fecha a conta

"How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here."

Floyd, P.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Revolução copernicana

Andando na rua nesses dias sem ela eu de repente sinto um grande "e daí?"
E daí que as cores das borboletas...?
E daí que eu li...?
E daí que o futuro, e que a vida...?
Não, as coisas não perderam sua importância. Só passaram a girar em torno.


Em 1543 Nicolau Copérnico mudou o centro do universo para o Sol.
Em 2010 o centro do meu universo mudou para a "Terra".

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Em termos de amor, o que é dito ser exagero é só uma verdade que não tem vergonha.

Panthalassa

Meu mais novo sinônimo de "reciprocidade".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Tem coisas que só acontecem comigo.

Só uso meu celular pra duas coisas: relógio e telefone. Hoje, pela primeira vez, esqueci ele em casa quando fui pra academia. Tudo bem, a única pessoa que poderia me ligar é minha namorada, mas justamente agora ela está longe há seis dias sem sinal no celular dela. Pois justamente hoje ela me ligou nove vezes do hotel, enquanto eu estava sem ele, claro. Tudo bem, isso foi azar. Acontece que hoje, pela primeira vez, acredite se quiser, tinham tirado o relógio de parede da academia.

Coincidências triplas me assustam um pouco mais.

Tem coisas meio "planeta" que só acontecem comigo.
Principalmente envolvendo a Gaia.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Black

out

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Notas matutinas

É engraçado como a vontade aumenta a esperança
Por que ela estaria ali com uma hora de antecedência?
Mesmo assim eu estico o pescoço pra ver se está
A fração da fração da chance de algo muito desejado pisa na razão pra dar uma espiada por cima.

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É divertido ver as pessoas na rua enquanto se ouve música
Com algumas ficam tristes; outras loucas, ou bonitas.
Todo mundo ganha estilo. Têm mais personalidade e vida.
Quando para volta tudo. Igual acordar no meio de uma viagem com um caminhão barulhento e esfumacento na frente do carro, vendo o calor do asfalto.

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É bom usar bermudas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Prima Vera

A mais bonita da família.
Nem sempre que há lágrimas escorrem
Nem sempre que há lírios eu vejo
Nem sempre que há amor há paz
E não é porque há paz que deixa de existir desejo

E não é porque há amor que deixa de existir desejo
E vice-versa
O que não versa fica
Finca, aperta e petrifica

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Quando vier amanhã sente-se à direita, na janela
E um pouco antes do castelo, ao lado de helicônias indiscretas
Veja o que encontrei de novo
São pra ti

Lírios laranjas têm sardas
E sobre as tuas o amor, se denso, escorre.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Alberto Caeiro ontem me deu uma inspiração
Logo se foi...
Tenho uns versos anotados que nunca fechei
Às vezes penso e já não é o que uma vez senti
Lembro
Mas "a respeito" não é o mesmo que "de acordo" no escrever

Se um dia eu entender o que definitivamente é um algo
Desse dia em diante não vou mais falar a seu respeito
Mas expressar de acordo

(O que talvez venha antes de qualquer tentativa de entender)

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Havia a via láctea
Longe, a via como um vulto.

domingo, 11 de setembro de 2011

Clima estável

"Domingo de sol e frio no RS"

Temperaturas devem oscilar entre 3ºC e 24ºC

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Crônicas do REM IV

Era uma praça grande em frente à igreja. Amarrado num galho de árvore, um balanço de corda, a uns três metros do chão. Um jovem de não mais que 18 anos pendurado de cabeça pra baixo se balançava e cantava em alemão. Cantava só pra si, ensaiando pro coral, lendo o livreto, em pronúncia perfeita do idioma. Mas o povo todo ouvia. O canto dele enchia a praça de beleza e alegria. As pessoas caminhando por ali apreciavam e acabaram por simpatizar com o rapaz.

Depois era do outro lado da rua que ele estava, num jardim ao lado da igreja. Um gramado cercado por muro baixo. E foi num daqueles acidentes estúpidos, que acontecem em um segundo, que um pequeno monumento de mármore o derrubou. Depois do som do impacto, um silêncio. Mais alto do que o de antes, porque as pessoas pararam repentinamente de andar. Era um silêncio de espanto. Me aproximei e vi que o corte na cabeça era profundo. O bastante pra não dar mais esperança. O bastante pra não criar alvoroço, só o choque e paralização do povo. Tentei telefonar pro socorro ainda assim, mas não deu.

Mais afastado, vi o corpo sendo guardado num saco fechado com zipper. E as pessoas retomaram seu andar, simplesmente. O silêncio voltou a ser mediano. Não tão cheio como o da canção, nem tão vazio como o da morte.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estilo é...

Receber email muito importante da UFRGS:


"O filme O Rei Leão já está disponível na Videoteca."

sábado, 3 de setembro de 2011

Bezerra Angústia da Silva

Vou apertar,
e não vais sorrir agora.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Infantilidade

- Vai, passa.
- Não.
- Pode passar, não tem problema.
- Não quero.
- Olha, eu vou ficar aqui, parado, e você passa.
- Para com isso, já disse que não quero.
- Por favor...
- Não...

E o tempo, continua fazendo birra.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A última gota

- Eu te amo. - Disse baixinho.
Ela não escutara. De fato, era impossível ter escutado, ele havia falado para si mesmo, e ela continuou sua leitura. Toda noite lia um livro sentada na cama.
- Ei, veja isso. Ele está contando aqui que Cosme subiu na árvore e agora quer viver para sempre por lá... - disse ela, dirigindo-se a ele.
Ele precisava falar aquilo: "eu te amo". Tinha certeza, fazia dias que pensava que deveria falar isso todos dias. No entanto, atitude não era seu forte, apesar de muitas vezes chegar a uma conclusão de que deveria fazer algo. Disso sim, mais que tudo, ele tinha certeza.
- Nossa, esse livro é incrível, não??
- Não gosto. - Disse ele, rapidamente.
Ela sabia que isso não era resposta digna para aquela conversa tão sem compromisso, ainda mais aquela hora da noite. Todo mundo deveria concordar com aquela pergunta, mas ele não era todo mundo. Ela sabia que ele era diferente, mas as vezes isso à incomodava. Certos dias queria alguém igual, apesar de não ter certeza se queria alguém igual a ela ou a todo mundo.
- Como você pode dizer isso? Você quem me indicou esse livro.
- Mas eu não gostei. Achei muito superficial, não vejo por que alguém acharia isso interessante.
Agora ele tinha passado dos limites. Ela tinha feito um comentário praticamente retórico e ele já estava dando a entender que ela era superficial. Pelo menos era que isso ela tinha entendido.
- Olha, eu não sei por que você sempre tem que menosprezar os outros, por que você não pode ser o superficial, nesse caso?
- Eu não disse que não era...
- Claro, você também nunca diz nada... É sempre assim. - Ela se levantou e foi na cozinha,talvez, pegar um copo d'água. - Não sei por que eu ainda acho que você pode fazer algum comentário positivo sobre as minhas opiniões...
Ela tinha falado para si mesma, mas diferente dele, ela tinha falado num tom que ele podia escutar da cozinha, mesmo que há 3 cômodos de distância.
- Eu não falei que sua opinião era ruim... Ou boa! - Dessa vez era possível escuta-lo da portaria.
Ela voltou, com um copo d'água em uma das mãos e com a outra tentava prender o cabelo; não parecia com alguém que se ajeitava para dormir, agora ela estava se preparando para brigar.
- Realmente, as vezes é muito complicado tentar conversar... - Ele falou, se arrependendo em menos de um segundo depois de ter escutado sua própria voz e ter se dado conta de que ela quem tinha tentado conversar, de início.
- Eu te odeio, você sempre faz isso comigo. Não era o que eu deveria escutar todos os dias. - Ela se sentou na cama e olhava para o chão. O copo d'água tinha sido um pretexto para sair do quarto e estava na cômoda. Ela não tinha sede, seu corpo estava sedento apenas de paixão, sólida.
- Eu sei. - Disse ele - Eu sei que você não merece escutar isso todos os dias, mas simplesmente não sei o que você deveria escutar todos os...
Ele sabia, mas agora estava omitindo a verdade. De fato, achava que ela não deveria escutar "eu te amo" todos os dias vindo dele, mas de um outro alguém. Ele se deitou e tentou dormir, ela fez o mesmo, ambos agindo como se a conversa não valesse o esforço.
O copo d'água se secou, e nunca mais se falaram.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O não dito

-Ora. - Disse ele. - Você sabe que...
Ele gostava de argumentar. Na verdade, gostava de ter uma explicação. O argumento era uma tentativa de torna-la mais convincente.
-Eu nunca disse isso. Uma vez dito é fato, mas eu nunca disse.
Realmente, seu problema não era caráter, mentiras, omissões, nem nada. Seu problema era que ele precisava de uma explicação. Ou uma justificativa. E demorou para ele perceber que as vezes não há explicação, muito menos justificativa. Pelo menos aparentemente, por que ele sabia que, no fundo, havia uma explicação, e com ela, uma justificativa.
-Você disse. - Ela afirmou contundentemente. - Se não disse, pensou. Ou melhor, sentiu.
Ele sabia. Ele sabia que tinha sentido, e uma vez sentido, é fato. No entanto, sentir não é falar, ao menos que seu comportamento fosse uma linguagem... Maldição, seu comportamento podia ser, também, uma linguagem, agora para ele isso era claro. Talvez não o fosse para ela.
-Sim, eu disse.
E ela chorou. Chorou e saiu, dando-lha, repentinamente, às costas, com as mãos ao rosto sem virar para trás, nem ao menos levantar a cabeça.
-É... - ele disse consigo mesmo - Isso que é discurso...
Ele sabia que ela tinha falado tudo. O que fora dito e o que não fora, e num discurso completo e infinito, nunca mais voltaria.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Certas coisas só sentimos falta quando não as temos

Sono.
De mais lindo pra dizer do dia
É que hoje ela acordou sorrindo e iluminou meu dia
Antes que eu abrisse a janela

Depois o resto combinou de azul

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estilo é...

Sair da universidade às 21h, arrumar as coisas em casa, tirar a roupa do varal, chegar no bar às 22h, voltar para casa às 23:20, semi-sóbrio, e meter um miojo. Muito feliz. (pela primeira vez em dias)

Raciocínio Lógico

Na fila do supermercado, esperando uma senhora, certamente com mais de 70 anos, talvez com 80, que tentava lembrar a senha do seu cartão de crédito.

A senhora se dirige à menina do caixa:

- Minha filha, você acredita em Deus?
- Acredito sim, senhora.
- Pois é, você sabe que só ele nos dá vencimentos, né? Veja só, por exemplo, o que me aconteceu esses dias. Eu tinha feito uma consulta no oculista e tinha que pagar um exame. Porém eles só aceitavam visa ou mastercard, e eu só lembrava a senha do meu Hiper. Foi uma dó, por que eu não pude fazer o exame.

A menina do caixa escutava pacientemente. A senhora continuou:

- Então, alguns dias depois eu fui ao mercado e, de novo, tinha que usar o cartão do mastercard. Daí eu falei para a menina ver se funcionava uma senha que eu tinha testado, e funcionou. Viu só? Eu ter lembrado a senha foi um vencimento de Deus, minha filha. Imagina, eu podia ter ficado sem comer...

- CAIXA 11!!! - berra a funcionária do próximo caixa, e eu deixo de acompanhar aquela iluminada senhora.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Revoada de corvos.
Grasnos estridentes e
ensurdecedores.
Um vento de cor cinza arrasta a umidade
ora para perto, ora para longe.
E corta, corta a face, dilacera o peito.
As nuvens parecem estáticas, mas somente por que são tantas
que o céu é apenas um escuro.
Não negro, mas também não é cinza.
O verde da grama tenta se sobrepor, mas é esmagado
por todo esse ar pesado, talvez de dor e desespero.
As emoções por vezes não possuem cores.
São transparentes.
Parecem não estar ali, não existir.
E desafiando as leis da natureza,
elas pesam.
E empurram a cara branca na água azul, porém turva.
E nada, nada mais resta.
Fora aquele vento cinza.

Da série: sem comentários



Tabulando dados de uma pesquisa científica de alta relevância.

Enunciado da pergunta do questionário: "Na linha abaixo, marque um X considerando o quanto você se considera religioso, sendo que quanto mais próximo de 0 menos religioso você é e quanto mais próximo de 10 mais religioso você é."


Cidadão faz um X enorme no ZERO e manda um recado: "Religiosidade mata. Jesus Cristo salva!"

Pesquisador:

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dica

Para todas milhares de pessoas que visitam esse blog:

Se você tem menos de 45 anos de idade, não coloque um vídeo seu no Youtube (no qual seja possível identificar sua identidade) sem que ao menos 9 pessoas imparciais vejam. Vocês irão agradecer a dica. Um dia...

Na tentativa de haver menos adultos loucos no mundo.


Inspiração após ver isso: http://www.youtube.com/watch?v=bl0YCw28-wE&feature=player_embedded



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dae!

Aos hermão, trago notícias da fada verde...

Fica o pretexto para o inturmes...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tão dizendo por aí que é dia do amigo
Então vai esse clássico fenomenálico:

http://www.youtube.com/watch?v=GoW0zn5v36Q

E essa foto nossa de 1969, na comunidade:


terça-feira, 19 de julho de 2011

Física da saudade

A distância expande o tempo.