quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Revoada de corvos.
Grasnos estridentes e
ensurdecedores.
Um vento de cor cinza arrasta a umidade
ora para perto, ora para longe.
E corta, corta a face, dilacera o peito.
As nuvens parecem estáticas, mas somente por que são tantas
que o céu é apenas um escuro.
Não negro, mas também não é cinza.
O verde da grama tenta se sobrepor, mas é esmagado
por todo esse ar pesado, talvez de dor e desespero.
As emoções por vezes não possuem cores.
São transparentes.
Parecem não estar ali, não existir.
E desafiando as leis da natureza,
elas pesam.
E empurram a cara branca na água azul, porém turva.
E nada, nada mais resta.
Fora aquele vento cinza.

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