terça-feira, 30 de novembro de 2010

Paradoxo

Da alegria
De se sentir completo.

Da tristeza
De estar pela metade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Demônios internos não morrem com tiros
Com nada que seja instantâneo
Demônios internos só morrem de fome
E enquanto definham arranham

Não alimente
Espere
Não alimente
Aguente

Demônios internos só morrem de fome

E o Rio de Janeiro

Continua lindo...

Por três verdes

Infusão do verde vivo, deixe-me vivo
Deixe-me lento, incandescência do verde seco
E depois disso, traga-me à tona pra sua origem
Firmado à terra que te pertence; agora fresco.

Reflexões da inquietude

Às vezes abrem-se espaços
Abrem-se vagas na mente que se podem converter em atos
D’outras formas e lugares que a princípio são estranhos
Abra trilhas e invada planetas
Pise, pule, salte, voe...

O vazio do pessimista é a vontade do otimista
E se a vontade faz sofrer o pessimista, o otimista a chama de motivação
Não se pense como feito, isso é um defeito
Somos bonecos de trapos em constante reforma
Por nós mesmos e por outros

Existe uma dualidade e uma analogia, de que a vida é reciclagem
O acaso está no que nos cai nas mãos
O controle está no modo como as arranjamos
As idéias já aí estão, entrando e saindo sem permissão
Cabe ao ser lhes dar lugar

Ser coerente, mas com noção da incompletude constante
Abusar da criatividade na reparação das falhas
Compensação para driblar o irreversível
A coragem nos braços e o medo nos bolsos
Conformação é para a morte e nada mais

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Antigo Egíto do Brasil

Tão planejada pomposa, arquitetônica poderosa
Mas Nyemaier perdeu para Frankenstein
Esqueceu do principal
Dar vida para a cidade
Concreto pirâmides cúpulas
e todos faraós mortos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Resumindo a história

um vizinho se torna amigo
o amigo se torna irmão
E o irmão se torna compadre...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Oração-lembrete do coração louco

Deus
Universo
O diabo que seja
Dá-me tempo pra reflexão
Dá-me vácuo se o tempo não bastar
Dá-me um soco pra acordar e pra lembrar
Que a razão permita ao ato manifesto coerência
E que o anjo revolto interno morra antes da possessão
Tudo bem
o caralho

Tome as doses
Vire a térmica do líquido negro e acelere o coração desnorteado
Pise fundo no acelerador pra não bater no muro
Se o que se espera é o tudo então que merda é o tudo teu
Não esperar por fazer é um conselho fraco
Eu digo não faça por esperar
É o custo de ser fumaça
Ela sobe serena em linha contínua virando as curvas leves ao vento
Eu sopro contra ela com tanta força que voa saliva
Dou uma tossida porca e violenta contra a sua forma
E ela some e lá vem outra
Não espere que seja melhor
Não espere nada da fumaça
Não faça por esperar

O vento não é uma criatura escrota
A fumaça é que é submissa e fraca

Quando quebrarem teu vaso de cerâmica
Mastigue os cacos
Cuspa
e pisoteie

Agora é terra de novo
E você vê que ainda há beleza nela
Aquela mesma terra que compunha o vaso

Going to Brasilia!

Como lá a terra é de ladrão.
Gringo esperto vou sem carteira!
Espero conseguir um CC de lambuja
Cartão corporativo
Carro oficial
Uma secretária para cada dia da semana, isto é, 3.
Ganhar passagens para todo Brasil pra visitar os amigos do nordeste.
Caso não voltar, deixo minha gaita de boca pro Brian, o Violão pro 9°, e meu Beatles anthology pra Kytty.
que não sejam os versos todos teus
porque para além do teu ser o que eu sinto por ti se estende

que hajam linhas para os dias e as noites de verão
e para os olhos umedecidos pela força da música
que hajam linhas para o mar e a chuva que banham
e para os olhos umedecidos pela dor da angústia

que hajam linhas para todo e qualquer tipo de emoção
e para o toque de beleza que te amar derrama em tudo

que não sejam os versos todos teus
mas que sigas estando neles

nas entrelinhas da apreciação
na música de fundo

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Evolução

- Por que alguns primatas se locomovem apoiando-se sobre as falanges médias?
- Pra poder comer sushi. (Pífeo)

Pô, foi o que eu botei na minha prova. - Respondeu constrangido.


Porta errada

Sequer o quê da fala
Mais longe ainda a forma e compreensão
Dualidade espírito-vontade
Dependência do canal de comunicação

Falar o quê não é questão vai ver
Falar pra quê qu'ele não sab'ele não sabe

Ele sabe que falárvores

Que faláureas e falaves no falar
Falaremos na falágua
Cada coisa em seu lugar

Acho que era pra ser um desenho