sexta-feira, 12 de junho de 2015

No dia em que eu te vi eu não fazia ideia de quem tu era
nem de quem tu iria ser pra mim. Eu só tinha uma decisão muito clara em mente: sair. Sem me preocupar com "a estrada para além da curva da estrada".

Nossos lábios e braços se encontraram um tempo depois, mesmo que os meus olhos já tivessem te encontrado um pouco antes.

Depois disso, o que eu lembro com mais força é mais ou menos o seguinte:

Sol (aquele bem macio)
Mato (o mais cheiroso)
Fogão à lenha; e aqui tu vai concordar comigo que é merecida uma pausa.

Faz exatamente um ano, hoje, que esse fogão à lenha e tudo que estava ligado a ele - o chão de madeira, o ar quente, a penumbra, o colchão, a vela verde-azul e, louvadas sejam as coisas sagradas mundanas, aquilo que estava ali em toda parte e que entrou em nossos corpos e chamamos até hoje de Amor - representam pra mim um começo.

Tu me mostrou a Realidade na sua forma mais bonita e simples.

Tu escreve Bom Dia com maiúsculas, e talvez tu não saiba, mas isso simboliza muito bem a forma como tu leva a vida, e eu quero continuar levando ela assim mesmo contigo. Bem assim. Dando a devida importância e intensidade às coisas do agora. Porque afinal de contas, a vida é feita de dias, de momentos, e o sagrado está em tudo, pra onde quer que olhemos com a devida calma e atenção. Hoje eu olho pra ti com a devida calma e atenção. E te digo: nunca foi tão bom acordar de manhã.

Te Amo!