segunda-feira, 31 de maio de 2010

Epifania Flashback

Em meio a gritos de "Salve São Pedro", "Salve São João", "olha o milho veeeeeerde!", extermínio de formigas, urros de gatos por uma semana, ronco de motores, leituras intermináveis, raciocínio lógico, pensamento criativo, pânico antecipado, saudades eternas, celulares tocando, descubri, mais uma vez, que sou feliz.
A mente controla a gente.
Somos a nossa mente,
escravos da gente.

domingo, 30 de maio de 2010

Mão na mão

Sinto falta daquela mão parada na minha.
Ali, praticamente inerte, meio que sem muito motivo,
Descompromissada, ela não precisa de um
para pousar na minha mão.
Mas me dá todos os motivos para eu querer ela ali.
Ou melhor, aqui.

O cheiro de quentão

O cheiro de quentão estava no parque, por tudo
E me causou uma sensação alegre, daquelas sem saber por quê
Acho que tocou no inconsciente, memórias de invernos remotos

Festa junina, fogueira no mato, fumaça na roupa
Uma menina bonita, uma paixão ingênua...
Paqueras que não tinham fim, e que nem por isso eram tristes

Não tinham fim! Mas então por isso mesmo é que não eram tristes!
Típico da infância, como se a vida fosse infinita e se pudesse aproveitar cada etapa das coisas por quanto tempo quisesse
Sem pensar num fim

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Da evolução

Evolução é mundança.
Nada mais.
É lindo ver a evolução de tudo e todos.
Das pessoas, das relações, das coisas.
Que sempre haja evolução,
e eu esteja presente para presencia-la.
Se não fisicamente, na memória.

Um brinde ao futuro nascimento de uma evolução.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Coerência

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/1,,EMI143121-16418,00.html

As vezes falta.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estilo é...

Descascar na orelha.

Estilo é...

Deixar um notebook cair no chão ainda com garantia.

sábado, 22 de maio de 2010

Tem um lugar

Tem um lugar no mundo
Onde primeiro eu flutuo n’água morna do açude
E o céu azul ocupa todo o campo de visão.
Os ouvidos ficam debaixo d’água, surdos,
E assim parece que eu sinto mais a luz e o frescor.
Depois nado até alcançar o outro lado.
Me agarro ao mato do barranco e subo o morro.
Sento naquela pedra grande, onde me seco,
E então sigo caminhando,
Bem devagar, parando pra olhar qualquer coisa,
Ou só pra ouvir melhor qualquer som,
Sem camisa e sem calçado, só de calção.
Ao lado da palmeira é o lugar onde paro.
Lá embaixo, longe, vejo casinhas simples,
E ouço os barulhos distantes de crianças, cachorros e machados.
Me deito na grama bem alta, que faz coçar depois,
E sinto a realidade mais do que tudo.

Da companhia

Tudo muda quando muda a companhia.
E estar sozinho é estar acompanhado do vazio que fica.
Muda o gosto do bolo que restou para o café da manhã,
o tamanho do lençol, da mesa, do quarto.
Tudo fica maior e, por conseqüência, mais vazio.
No entanto, se tudo fica maior, fica também a vontade.
De querer mais e mais a companhia perfeita,
mais uma vez. De tantas vezes.
E aí é só esperar...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vida sintética

Sim, o conhecimento avança aos saltos, mas só na mídia popular (ou nem tão popular assim). Na ciência das patentes, do modismo e do comércio, sensacionalismo é requisito.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Deorsagnizçaão

Perguntaram-me: E de resto como tá a vida?
Respondo: Tá guardada em algum canto.. perdida na bagunça do meu tempo espaço que por ventura se chama quarto!

Frase do mês

No país onde o Ministro da Saúde diz que sexo é o melhor remédio para hipertensão, já tem gente usando a punheta como genérico.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lã rosa

Lã rosa-claro e ondas soltas ao natural; tudo singelo.
Era outra a beleza hoje; mais de menina.
Uma névoa de ternura se dissipava, cobrindo a vista periférica.
Depois me tonteou, até perder a razão do pouco que via – ela.
Serenamente matando de fora; por dentro.
Queria mesmo era tomar um tiro e sair voando

Tomar um tiro e sair voando...
Agora "um outro flui"
Na noite longe as pálpebras já não flutuam como no dia perto
Dela
Agora palpita o peito e se coçam as mãos
Flutua a mente, só, procurando um algo bom no vácuo.
Já nem é mais um foco só, é um sem-foco em vão.
Quero alcalóides falsos

sábado, 15 de maio de 2010

Estilo é...

falar pro irmão: "Saudade de conversar ao som de um jazz tomando um bourbon".