terça-feira, 21 de setembro de 2010

Crônicas do REM II

Era um piano daqueles verticais (não de cauda), visivelmente reformado, pois tinha partes com madeira diferente do restante. O pianista era um homem de aparência simples, com barba e roupas quase que típicas de um mendigo. Tocava o noturno nove, número dois, de Chopin, no meio de um calçadão. Aproximei-me, quase ao lado dele, para acompanhar de perto. Vibrei e até movimentei as mãos tentando seguir partes da execução. Quando me dei conta, uma platéia enorme estava sentada ao redor dele (e, portanto, de mim também). Era uma apresentação magistral.

Em outro momento do mesmo sonho (ou em outro sonho do mesmo sono), estava diante de uma praça com jardim cuidadosamente elaborado. As flores, contudo, estavam secas, todas no mesmo tom pardo. Mesmo assim, olhei tudo com admiração, porque sabia que era só uma questão de tempo até que o lugar readquirisse vida.

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