quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vai, caminhante

Antes do dia nascer.

Conhece-te a ti mesmo

Chupa, Sócrates.
O cara tava certo.
Mas como, na maioria das vezes, o certo é o mais difícil.
E bota difícil.
Pior ainda é querer conhecer os outros.
Bah, aí é pegar pesado.
Pior que roubar esmola de mendigo cego.
A partir do conhecimento pífio de si,
tenta-se construir um conhecimento do outro.
E aí, é samba do crioulo doido.
Bota o dedão pra cima e faz um sorrisão, campeão.
Agora, é cicuta para se curar...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Solstício

Mais alma do que corpo e a estrada parece seguir sem caminho.

Na noite do solstício, a maior sombra se fundiu com o vazio do meu peito.

O vento frio ecoa nele e faz barulho de choro. A lágrima que sai é o orvalho da fria noite e não alivia nada.

Os cobertores são escudos de contenção contra o maior mal que existe, os meus próprios pensamentos.

Nada












Mais.


=)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Por ocasião de um aniversário (versão dois)

Esse é um outro texto, escrito bêbado, aham. Sim. Eu vou escrever sobre um ano atrás.
Há um ano atrás eu chegava num lugarzinho massa pra caralho chamado Pirenópolis! Ficaria eu alojado numa casa verde, com uns manos mal-conhecidos. Só um deles era mais parceiro, mas nem tanto, só conversávamos de coisas sérias e formais... raramente.
Pois então, estava lá por ocasião de um congresso. Foi muito afude pra todos, mas muito mais afude pra mim!! Garanto. Vocês se divertiram, e tal... Ganharam um amigo (eu). Mas eu ganhei uma porrada de amigos!! Mais de dez, bem mais de dez se considerar os anexos, bem mais de bem mais de dez se considerar aquelas criaturas que conheci por ocasião de tê-los conhecido! Enfim (tentando ser sério agora), essas pessoas que conheci por ocasião e tal, são os que primeiro me vêm a mente quando ouço a palavra “amigos”. Sinceramente, foram tantas festas, churras, praia, campo, bares e prosas que parece que foi bem mais que um ano. Fazem parte dos momentos de que lembrarei quando estiver velho e pensarei “aproveitei bem a vida”, e darei risada das merdas feitas e ditas. Sinceramente, parece que os conheço há bem mais que um ano. Que seja assim sempre, um ano valendo por muito mais do que isso. E se não estivesse lá em piri-pirou há um ano? Bom... encontraria-os na rua e, no máximo, levantaríamos sobrancelhas, e eu pensaria “acho que é fulano, o nome dele”. Se tem uma coisa que fizemos mais do que beber, nesse último ano, foi dar risada. E eu agradeço a todos por cada risada dada.

Pra quem gostou do Rock Band

http://www.youtube.com/watch?v=0XjwoVqM_qE&feature=player_embedded#!

O sonho e a idade

Ontem num sonho transpus a barreira do eu e percebi nitidamente a sensação de uma outra pessoa. Tive um instante que teria demorado varias garrafas de vinho e muitos dedos de prosa…

Senti-me na pele de meu vô. Entre a família era o nono Paulo e era para seus amigos e companheiros de idade Paulim. Digo era porque Paulim era o mais novo de seus comparsas de época e agora porém todos mortos, menos ele.

Com seus 80 anos, as tardes se esvaiam em olhares da varanda da velha casa onde toda a família fora criada. Olhares em direção ao vale cortado pelo Arroio Pinhal e pela federal, estrada Br-116, que assim meu nôno a chama.

Tardes aonde não mais se iam aos carteados, nas cachaças de porão e as visitas.

Agora o que se transcorria era um vazio que de vez enquando terminava com uma palpitação de angustia por uma crise de ansiedade.

Já não ligava mais o rádio que eu e minha irmã crescemos ouvindo o chiado dos jogos de futebol do colorado. Morando aqui da capital sinto saudades do seu assovio o qual me chamava para o almoço ou café da tarde.

Ele sempre fora muito quieto, mas agora anda com um ar de desânimo. Reclama que seu tempo já passou . Deita se na cama e mira o teto e não espera mais nada do dia. Até das gauchadas da televisão (filmes de bang-bang) não tiram ele do estado de torpor ambulante.

Criticamente minha nona reclama dessa inércia e acende velas para que o espírito santo, sequieri e o patre nostrego resolvam esse problema.

Bom - voltando ao sonho- reconsolidei as palavras ditas de meu velho durante o velório de um de seus últimos amigos: É... agora só sou eu.

Isso ficou guardado em meu subconsciente que veio a tona durante a noite.

Numa força e verossimilhança que só a imaginação inconsciente do sonho pode criar , surgiu então um amigo de meu avô... que no contexto havia por desaparecido a muito tempo nesses caminhos da vida.

Meu vô ao revê-lo abraçou-o e postou um sorriso bonito e limpo. Assoviou chamando minha vó – Venire qua! Varda chi è arrivato! E começaram a contar suas histórias.

Via-se a cara dele de felicidade nesse reencontro. Algo que tinha rompido a barreira de torpor.

Quando acordei dei-me por conta que pelo menos havia vivenciado o sentimento que meu avo esta passando, não que isso seja ou justifique a totalidade de seu desânimo, porém comecei a entender o âmbito de sua tristeza.

É como que se tivessem apagado parte de nossa vida, assim como se perde o sentido de um sistema quando a maior parte dos elementos foi excluída. É como se existisse um bosque e agora só resta você como árvore. E o que resta é o triste desfecho.

Também não se trata de estar ou não preparado para o fim.Obviamente poucos ficam confortáveis com o sentimento de vazio dos outros. Da exacerbação da punção de morte alheia. Somos tão aficionados com a vida que repudiamos a morte a maior parte do tempo. Não entendemos nem queremos entender a morte. E assim a vida soa como uma droga tão viciante que nos causa dependência e não nos deixa refletir sobre a sua abstinência. Como é difícil compreendemos que para a existência não existe vida nem morte, estes meros termos didáticos adotados.

Assim essa substancia chamada vida nos distancia da vivencia do dualismo cíclico da existência: A Vida que constrói a morte que refaz a vida.

Sinto que sustentar uma vida vazia é gerar muita dor, é alimentar o medo.

Eu

Completo, como nunca.
Nunca me senti vazio, ou incompleto,
mas também nunca soube como era estar inteiro.
Simplesmente não precisar de mais nada,
de mais ninguém.
Só de mim, pois já não sou mais apenas um.
Existo em dupla,
em forma de casal.

domingo, 20 de junho de 2010

Stevie Ray Vaughan

pra gurizada que tá entrando numas blues...

que coisa MIMOSA essa guitarra.

SRV- Tin Pan Alley(a.k.a the roughest place in town)

Ave Le Sac

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

My head's in a mess
And I'm stressed
But I guess it's a test in the quest for happiness
And the rest of that mess
So I best just acquiesce
Even though I've grown tired of you

And that ain't meant to sound spiteful
I'm just trying to be insightful
When I write all my emotions
In the night, all the stuff I try to fight
Will just come out and the sad fact is, I'm so tired of you

Love, it's a weird thing ain't it?
There's no way to explain it
But I swear, as well as pain
There should be joy, but we sustain
The same level of mundane,
And it's numbing me through

I often wonder if I'd miss you,
And still have the urge to kiss you,
If an issue was to hit through
To this heart that now feels disused,
And said issue was too big to just ignore
And I walked out on you?

The chances are I'd fall apart
And suffer seizures of the heart
As my chest begins to smart
The very second have to part
I want to go back to the start
But then again, maybe I'd just feel new.

Maybe I'd get my life on track
And start to focus my attack
On all the things my life just lacks
And start to claw my passion back
Instead of living like a hack,
Half-committed, half-relaxed
I'd have nothing to lose

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

I guess lately I've had too much time to think
And yeah, way too much drink
When paper meets the ink
Overthinking is the chink in my armour
That's just what I do
And I've always been that way, forever questioning each day and every plea that's made that maybe
when I lay my busy mind will make me prove by finding problems and reasons
that might not even be true.

See, we got together so young,
Before our real lives had begun
But flowers don't grow up as one
Each finds its own way to the sun
And that's exactly what we've done.

We've grown up separately too,

And for a few years now it's been the problem,
And these realisations, I wish that I could stop them,
But I've realised that love is all we have in common,
And deep down you know that's true.

But then surely that I'm still in love with you means there's something we can do
To get us through and to pursue a brand new point of view on how this gap grew,
between me and you.

So there's a weight over me and I'd hate to have to leave,
But in fate I don't believe and the state of you and me isn't great as you can see
so I'll keep thinking this through.

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

There's a weight over me today
It's something I had to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

There's a weight over me today
It's something I have to say
Love you too much to leave
Don't like you enough to stay

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Paradoxal

Se sentir saindo de casa indo para casa,
Estar sozinho estando junto,
Querer alguém e ter vários,
Viver muito, e faltar sempre.
E nada mais, e tudo mais.
Sempre, e nunca.
E só,
E tudo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Vamovamovamovamovamovamovamovamo!
Arranca esse avião!
Voavoavoavoavoavoavoavoavoa!!
vaaaaaaaaaaiiiiiiiiiii!

domingo, 13 de junho de 2010

çertesa

Certeza que
de certo a incerteza
é o certo que
seria se o ser
não fosse,
sEu.

Paz e amor

é o caralho.

Lá na sombra d'árvore balança um fogo em fibras
Bamboleia-se em total descaso à luz que emite
Cá na sombra minha fala a alma por janelas
Dimensão do tempo cede a nós sua realidade