O futuro é um grande deus morto
Que é constantemente renascido e assassinado
Renascido e assassinado, renascido e assassinado.
Apartado da matança, vou lidando aqui na terra
Lavrando-a com o arado ateu
No intervalo da labuta, trago o sol e cuspo letras
Para que não sobre em mim nenhum conceito.
Hoje o sol veio sem filtro, puro como aguardente
Agora só me faltam uma canoa e uma ilha
Pra que eu nela vá atracar e ser bicho
Oculto aos olhos desses deuses
Surdo de qualquer vidente.
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