Hoje transcendemo-nos
nossas individualidades e desejos
que expressamos em segredo
nós subjugamos.
nossas individualidades e desejos
que expressamos em segredo
nós subjugamos.
Lembra aquele ponto no horizonte
que fitamos lado a lado?
o bem, o todo, o belo?
ele foi se aproximando enquanto andamos.
Nossas linhas, nas conversas
dos olhares até o ponto
convergiram, convergiram
até que nos vimos.
E, lá dentro d'outro
ainda estava o ponto
o bem
o todo
o belo.
É tão fácil distrair-se nos teus olhos
na tua voz
é tão fácil se perder no nevoeiro
ou na noite
e esquecer que o sol persiste
em nosso centro
lá no alto ou d'outro lado
do horizonte.
Mas, nós combinamos:
se nas íris de eros
esse ponto do horizonte também mora
manteremos nosso foco nele
e não no encanto
porque encanto passa
porque é raro de encontrá-lo ali
onde achamos.
Que a intenção do enlace
se por vez se passe
seja a paz.
Que fitemos, sim, as íris
porque é bom
mas jamais surdemos
ou ceguemos
para o rio que passa
diante delas
e através.
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