Hoje um deus nasceu, e ele é bom
E eu continuo lavrando a terra com o arado ateu
Rezando a oração natural - a atenção.
Não largarei tudo das mãos
Não trocarei essa roupa velha e surrada
Que amo desde criança
Nem abandonarei meu campo
Para, mudado, ir à igreja longe e louvar.
No entanto, cada semente, agora
É colocada individualmente no solo
E a terra por cima
É esparramada e apertada mais suavemente
Tenho as mãos mais amorosas por tudo
Por cada verme, cada húmus, cada palha e cada pó.
E enquanto não chover, tudo bem
Tenho agora uma nascente e um regador
Cada planta que nascer será alimento
Nosso amor
Para os dias mais difíceis e os felizes
Para as horas de paz e tormenta.
Sempre conscientes de que tudo é fugaz
Que o que importa é o movimento
Nosso amor
Que se propaga pelos músculos de todo tipo
Do cardíaco ao das cordas vocais
Passando pelo abraço e pela mão que estende.
Deus que me perdoe, se quiser
Mas quando eu levo as mãos ao céu
Quem eu louvo, na verdade, é ela
É por ela a minha mais bonita reza de atenção.
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