sexta-feira, 2 de abril de 2010

Acerca da alienação voluntária

Minha mente não é uma esponja.
Prefiro pensar muito sobre pouco a pensar pouco sobre muito.
Não corro atrás das notícias; e de vez em quando até corro delas.
Se perdem a cabeça, eu analiso. Se me sacodem, eu dou risada.
Observo o observador e penso sobre o pensamento.
Reconheci a tempo, contudo, que fazer vem antes de ser (pensar), tanto quanto ser vem antes de ter. Essa é a ordem.
E sobre a matéria desses fazer e ser? Seguem a paixão por princípio;
a razão por base e o conhecimento por fim.
A utilidade como subproduto. Incerto, esporádico, vale dizer.
Conhecimento do quê? Do que me atrai, já falei.
E o que me atrai não sou eu quem dita. É fisiológico.
Assim, negamos o livre-arbítrio, falando sobre vontade própria.
Fazemos o que queremos, mas não escolhemos o que queremos.
E aquele que tenta fazer o que não lhe atrai, faz merda.

Um comentário:

  1. "When you want more than you have, you think you need...
    and when you think more then you want, your thoughts begin to bleed.
    I think I need to find a bigger place...
    cause when you have more than you think, you need more space" (VEDDER, Eddie 2007)

    ResponderExcluir