domingo, 3 de novembro de 2024

Que beleza me trouxeste ao dia dos mortos
Para cá da ponte que nos une e nos separa
Tu, tão outra, minha nunca minha
Corro pr'onde corres
Me revela pouco
E o toque permitido pelas circunstâncias
Mede não mais que formigas, das menores.

Pousam lá ou ali pequenas ondas
As gaivotas e outras aves
E a tua voz que tão serena não quebranta nada
Todas sendo o amor pousando
Pois, segundo dizem, pousa só no que é suave
E é o que somos nós no matutino.

Nesse dia dos mortos encontramos
E nos encontramos, n'um lugar
Para não debaixo os sete palmos
Mas as sete-copas
Nos morrermos n'outro.

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