terça-feira, 18 de setembro de 2012

(Socorro)

Diante das tuas palavras
te dou uma cara de gesso
e esculpido em gelo um coração

Fiz só de fumaça a alma

(Só que às vezes ela afoga
e aqui dentro eu choro)

Não espere dele riso nem razão
Fiz só disso o mim que vês
Não espere dele amor ou uma moral
Fiz só disso...

Meu disfarce de fumaça, gelo e gesso.

...

Mas às vezes um teu cheiro, um cacho
ou tua falta no meu peito
tua ausência há dias
e a canção vazia de tua voz
no apartamento escuro de tua magia
cada disso parte um pouco o gesso e eu te vejo!

(Me reviro, como houvesse me enterrado vivo).

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