no vapor de uma cascata
sob a sombra de um pé de limão de lua
esse céu de cem pequenas luas
verdelinas, se azulino é o cogumelo
e com um chá de cheiro enche-se um riso de suspiro doce
do que não se come
o tempo para num mirar de cabanitas
para bem morar e se sentar numa varanda torta
e tecer planos de arranjar uma carroça e um pangaré
pra se levar pra lá e pra cá umas gentes, se levar a vida
para no correr das nuvens
das cores das nuvens - o correr do tempo
até nisso o tempo para, se assistido de olhos leves
para entre um dormir cantado baixo e um sonho
ou se apagar ao sol e despertar na chuva
e não ter pressa em levantar.
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