Encostado na têmpora direita, o orifício da pistola. Na beira da calçada das butiques chiques. Uma pessoa a cada três, quatro segundos lhe passava. E não fosse caminharem e a ausência de uma arma apontada para a própria cabeça, seriam do mesmo tipo dele. Do mesmo tipo.
Mas apenas uma a cada cinco, seis, lhe cediam o olhar, e era sem muito interesse, como se ele estivesse segurando só uma câmera ou algo assim. Então ele abaixa a arma, decepcionado e um pouco puto com aquela gente toda, a guarda num estojinho e se mistura à massa andante. Só um pouco mais lento do que o resto.
Sete minutos depois já respeitava o metrônomo social.
Era indistinguível.
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