Nem sempre que há lírios eu vejo
Nem sempre que há amor há paz
E não é porque há paz que deixa de existir desejo
E não é porque há amor que deixa de existir desejo
E vice-versa
O que não versa fica
Finca, aperta e petrifica
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Quando vier amanhã sente-se à direita, na janela
Quando vier amanhã sente-se à direita, na janela
E um pouco antes do castelo, ao lado de helicônias indiscretas
Veja o que encontrei de novo
São pra ti
Lírios laranjas têm sardas
E sobre as tuas o amor, se denso, escorre.
E que os anos passem e a poesia permaneça.
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